Frei Luís de Sousa vs. Rebecca

Julho 27, 2009

 

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Comparar o drama que fez com que Almeida Garrett merecesse estudo nas escolas secundárias com a única película de Alfred Hitchcock a ganhar o Óscar de “melhor filme” parecer-nos-ia provavelmente, numa primeira análise, burlesco e inexequível. Todavia, são inúmeras as semelhanças que Frei Luís de Sousa e Rebecca possuem, merecedoras, claramente, de um especial destaque e reflexão.

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Decadências

Abril 27, 2009

Christiane F. Os Filhos da Droga. Lisboa, Livros do Brasil,2002

Esta obra fala-nos da decadência do ser humano, da falta de orientação dos jovens, da problemática passagem da infância à adolescência, mas também das dificuldades de contacto entre gerações, da falta desse diálogo essencial. Fala da facilidade de acesso à droga, de miséria, de famílias desestruturadas e também… de amor.
É um livro muito descritivo e, na minha opinião, até chocante, porque revela uma realidade que, por vezes, muitos de nós não estão preparados para conhecer. Considero esta obra uma imagem da sociedade actual, um mundo onde os vícios são uma fuga fácil à solidão e à tristeza.
O livro Os Filhos da Droga baseia-se na biografia de uma adolescente alemã chamada Christiane F.

Durante o  julgamento de Christiane num tribunal de infância e juventude, dois jornalistas ficaram fascinados com o seu depoimento sobre o vício e propuseram-lhe uma entrevista que acabou por se estender por meses e serviu de base ao livro Wir Kinder vom Bahnhof Zoo( título na língua original em que foi lançado, o alemão).
Christiane F. é uma menina de seis anos que vive com os pais numa pequena aldeia de ambiente humilde, na Alemanha. Com 13 anos de idade, ela e a sua família mudaram-se para a cidade de Berlim, por circunstâncias diversas. A família começou a desmoronar-se pouco a pouco. O pai, após o insucesso em estabelecer um empreendimento na cidade, começou a bater na mãe, nela e na  irmã. Os pais acabaram por se divorciar, ficando a mãe com a guarda de Christiane, enquanto a  irmã preferiu viver com o pai. Christiane vai-se  tornando uma adolescente triste e frustrada, envolvendo-se com as pessoas erradas. De boa fé, confia nelas e a curiosidade arrasta-a para o mundo da droga. Primeiro consome drogas leves, mas depois chega às pesadas. Aos 13 anos, quando vivia com o namorado de 17, é forçada a prostituir-se e a roubar para sobreviver. Ter dinheiro para mais uma dose torna-se o seu objectivo de vida. A mãe acaba por descobrir a situação e obriga-a a desintoxicar-se, mas todas foram tentativas falhadas. No percurso perturbado da sua vida, Christiane acaba por perder pessoas com quem criara afinidade. É um mundo onde não se sabe realmente quem é amigo e onde também é difícil criar laços, pois muitos acabam por se tornar um objecto do seu próprio vício.

O livro foi um êxito mundial,sendo lançado em vários países. Com o sucesso do livro, Christiane ficou mundialmente famosa e até passou um tempo “limpa”. Mas, em 1983, a polícia prendeu-a no apartamento de um traficante, em Berlim. Nesta época concedeu uma entrevista à revista alemã Stern, confessando que nunca havia realmente largado a heroína.

Foi realizado um filme a partir do livro. As meras imagens da sua apresentação podem sugerir-nos a violência do que está em jogo:

 

 

Decadências…

 

                                                                                                     Joana Ferreira, 12º As1

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               

Uma crónica ao meu outro amor…

Março 17, 2009

CARLOS “PAC” NOBRE. Um Outro Amor- diário de uma vida singular. Lisboa, Oficina do Livro, 2008

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Como uma fã que se preza da banda Da Weasel, alguém que idolatra todos os seus membros, as suas músicas e, em especial, a poesia do vocalista (Pacman), não podia deixar de ler o livro que reúne as melhores crónicas escritas pelo próprio para a revista semanal “Domingo” do jornal Correio da Manhã, intitulado Um Outro Amor, diário de uma vida singular. Veja-se aqui uma interessante crítica a este livro. 

Carlos Alberto Nobre Pereira Neves nasceu a 20 de Julho de 1975 em Angola, mas emigrou muito cedo com os pais, com destino à cidade de Almada.

 Em 1994, juntamente com o irmão mais velho, João Nobre, cria uma banda a que mais tarde chamam Da Weasel, nome não escolhido ao acaso, pois a doninha é um animal que incomoda e ninguém quer por perto. Carlos adopta a alcunha de “Pacman” devido ao facto de ser viciado nesse famoso jogo e João apelida-se de “Jay” como diminutivo. Na banda entram e saem membros, sendo actualmente composta por aqueles que são considerados os seis magníficos: Carlos Nobre (Pacman)- voz; Bruno Silva (Virgul)- voz; Pedro Quaresma (Quaresma)- guitarra; João Nobre (Jay)- baixo; Guilherme Silva (Guillaz)- bateria; Miguel Santos (Glue)- Dj.

 No entanto, Carlos destaca-se por estar incluído em vários projectos, tais como participações em álbuns de outros artistas, músicas a solo (como podemos ouvir na sua página pessoal do “MySpace”), escrevendo também poemas e textos soltos. Muitos destes últimos foram transformados em crónicas- daí a edição deste livro.

Porquê “Um Outro Amor”? Simplesmente porque Carlão, como é conhecido pelos amigos, é, para lá do que vemos nos concertos, na televisão e nas revistas, um Ser Humano. E, como qualquer um de nós, tem os seus próprios gostos. Gosta de escrever, gosta de música, gosta de televisão, gosta de cinema, gosta de futebol, gosta do S.L.B. E aqui acrescento a célebre frase: “Gostos não se discutem!”…

Aproveitando a conversa dos gostos, relembro que só comprei e li o livro por gostar do autor. Mas isso não me impede de deixar aqui uma sugestão de leitura, pois facilmente muitos de nós (e de vocês)  se revêem nos textos: desde a afirmação, que dá que pensar, “Às vezes custa estar sozinho. Mas custa mais ainda estar sozinho quando se anda acompanhado.”, na crónica “Cabeças Trocadas”, à história da rapariga que lhe deu uma lição de vida, com o nome de “(A Educação de) Rita”, passando pelo relato de momentos de alegria e de outros para esquecer…

                                                                                                            Sofia Almeida, 12º As1

                                                                                                                                                                                                                                                                                      Sofia

Bom voo… rumo à realização pessoal!

Março 12, 2009

RICHARD BACH. Fernão Capelo Gaivota. Lisboa, Publicações Europa-América

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Numa tarde de domingo enfadonha, decidi iniciar a leitura de uma pequena obra de que a minha mãe anteriormente me tinha falado. Bastante simples e de fácil compreensão, apresenta, porém, um grande significado. Uma das suas cativantes características é a de mostrar um grave aspecto da sociedade em que vivemos.
Acredito que todos deveriam lê-la e, com esse mesmo objectivo, venho por este meio apresentar-vos um trabalho em suporte digital sobre Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach – podem vê-lo aqui :  trabalho-fernao-capelo-gaivota
Para além disso, encontrei três vídeos com excertos da obra, para os mais curiosos. Deixo-vos com a primeira parte e os “links” das restantes.  
 
 2ª parte:
http://www.youtube.com/watch?v=2OxnW2U8Qgk&feature=related 
3ª parte:

http://www.youtube.com/watch?v=_iM97hpLMWU&feature=related

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Sara Vasconcelos, 11ºE

Ler para pensar, ler e reflectir…

Março 5, 2009

TOREY HAYDEN.  A Criança Que Não Queria Falar.  Lisboa, Ed. Presença, 2007

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TOREY HAYDEN. A Menina Que Nunca Chorava. Lisboa, Ed. Presença, 2007

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Deixo aqui dois livros de particular interesse para quem quer seguir uma profissão que envolva o contacto com crianças e adolescentes. São duas histórias que nos mostram como devemos lidar com problemas que podem um dia acontecer-nos.

 A Criança Que Não Queria Falar é baseado numa história verídica. Trata-se, no fundo, do diário de uma terapeuta, Torey, que conta de forma intensa o que se passa entre ela e Sheila, uma menina de seis anos que é colocada na sua aula, até arranjarem uma vaga num hospital psiquiátrico. Apesar dos momentos de fúria e de não querer falar, Sheila revela ser uma menina amorosa e sobredotada – como tal, exige de Torey uma atenção especial. É um livro chocante e que nos faz pensar que mal pode ter feito uma criança para ser tão maltratada por todos. Torey tem a difícil tarefa de mostrar a Sheila que o mundo não é só feito de pessoas más, que há também magia e que ela pode ser feliz; tem ainda de tornar evidente para todos que o lugar desta menina é na escola.

Este vídeo é mais uma das muitas campanhas contra a violência exercida sobre as crianças, no caso em contexto brasileiro. (Daí, naturalmente, o sotaque e a ortografia do português sul-americano).  Mas será que uma simples campanha modifica o comportamento daqueles que não têm sentimentos?

 A Menina Que Nunca Chorava é a continuação da obra A criança que não queria falar. O ano escolar acabou, Torey e Sheila perderam o contacto. Sheila mudou de local de habitação e Torey arranjou um novo emprego, também fora da cidade. Sheila estava agora na adolescência e mostra-se bastante diferente.  A terapeuta, à espera de reencontrar a antiga Sheila, não desiste de a fazer voltar a ser um pouco como era. Então, leva-a a repetir as experiências que viveram em conjunto no passado e a visitar os locais onde já estiveram juntas, relembrando uma infância que havia deixado grandes marcas na sua personalidade e modo de pensar. Torey acaba por envolver demasiado Sheila na sua vida e sofre as consequências dessa aproximação. É um livro que nos mostra como é importante quando alguém acredita em nós e nas nossas capacidades, quando alguém nos dá uma oportunidade para mostrarmos o nosso valor. A amizade entre estas duas personagens, com vidas e idades tão distintas, é muito bonita. Apesar de ser agora diferente o sentimento que existe entre elas, continuam a ter uma ligação muito forte.

Catarina Rangel,12ºAS1

Cartas na mesa, “suspense” no livro

Fevereiro 15, 2009

AGATHA CHRISTIE. Cartas na Mesa. Lisboa, Livros do Brasil, s.d.

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Para muita gente, ler suspense é sinónimo de ler Agatha Christie. Uma das autoras de maior sucesso, esta escritora britânica é mundialmente conhecida pelas suas obras de mistério e pelas personagens geniais de Poirot, o célebre detective belga que usa como método as “células cinzentas”,  e Miss Marple, uma senhora idosa, mas com muito conhecimento acerca da realidade humana.

 Cartas na Mesa, um dos melhores livros da autora que já li, é um óptimo exemplo daquelas obras em que, depois de começar a ler, não se consegue parar. Este livro mostra-nos um assassínio que foi cometido praticamente de forma perfeita, mas que acaba por ser resolvido pelo detective Poirot com base na psicologia inerente a um…jogo de cartas (e, acreditem, é praticamente impossível para o leitor adivinhar a identidade do assassino!). Somando-se ao crime principal, é-nos mostrada uma série de intrigas e tramas que envolvem histórias obscuras passadas e crimes que, entretanto, tinham ficado por resolver… E mais não conto, não vá eu continuar e desvendar a identidade do criminoso. Deixo, para os mais curiosos, uma série de “websites” que podem consultar:

 

 Site oficial de Agatha Christie:

 http://www.agathachristie.com/

 

Resumo da obra:

http://en.wikipedia.org/wiki/Cards_on_the_Table

Resumo e apreciação da obra:

http://www.troynovant.com/Franson/Christie/Cards-on-the-Table.html

 Para aqueles mais “cinéfilos”, deixo também um vídeo correspondente a uma adaptação televisiva – temos aqui o início desta obra, mas poderá ser vista na íntegra no youtube (mas dividida em 10 fragmentos de 10 minutos):

 

  Bernardo Pinto, 11ºB

7ºA e 7ºB: LER – uma actividade de enriquecimento

Setembro 24, 2008

 

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Os alunos do 7ºA e do 7ºB com Plano de Desenvolvimento foram convidados a desenvolver um trabalho individual, no âmbito do Plano Nacional de Leitura, que integrou a apresentação à turma, em suporte à escolha dos alunos, da apreciação crítica de uma obra literária aconselhada. As obras cedidas pela Biblioteca da Escola foram, para o 7ºA, Amados Gatos, um conjunto de contos de José Jorge Letria sobre os gatos de figuras famosas da literatura, das artes e da política; para o 7ºB, Quero Ser Outro, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, em torno da busca identitária característica da adolescência.

              Aos alunos foi entregue um guião de trabalho, no qual se apresentavam as propostas a seguir indicadas, com uma margem de liberdade que lhes permitia proporem outras a seu gosto:

              – ler o livro e seleccionar uma passagem preferida;

              – preparar a leitura expressiva do trecho escolhido;

              – pesquisar informação sobre o autor do livro e sobre outros assuntos relacionados com o tema tratado, bem como tratar a informação recolhida de modo a apresentá-la aos colegas;

              – redigir um texto de apreciação crítica do livro lido;

              – preparar a apresentação do trabalho à turma.

              No referido guião explicitava-se que os objectivos principais eram os de desenvolver hábitos de leitura e de escrita autónoma, de pesquisa e tratamento da informação, incentivando o espírito de iniciativa, a originalidade, a criatividade e o espírito de partilha de saberes, opiniões, gostos, interesses… A realização do trabalho ocorreu no mês de Maio de 2008 e a apresentação à turma foi feita na aula do dia treze de Junho, na Biblioteca da Escola.

            Todos os alunos apresentaram, em suporte digital e em suporte papel, trabalhos de grande qualidade, relativamente ao tratamento da informação pesquisada e ao espírito crítico, salientando-se também a originalidade e a criatividade de alguns trabalhos que em muito excederam os objectivos iniciais. O entusiasmo com que apresentaram os trabalhos realizados contagiou de tal modo os colegas que estes pediram para fazerem, eles também, trabalhos idênticos no próximo ano lectivo.

Alice Ribeiro, professora de Língua Portuguesa do 7ºA e 7º B , 2007 / 2008

Podes ver os TRABALHOS realizados pelo André Meneses ( pnlpd-andre-meneses ), pelo Bruno Novopnlpd-bruno-novo ), pela Inês Santos (pnlpd-ines-santos),  pelo João Pereira (pnlpd-joao-pereira) e a Maria Alzamora (pnlpd-maria-alzamora), todos do 7º A e a partir de Amados Gatos de José Jorge Letria ; e também as propostas do 7º B, inspiradas em Quero Ser Outro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, da autoria de Ana Capucho (pnlpd-ana-capucho), Mariana Castro (pnlpd-mariana-castro) e Mariana Gandra (pnlpd-mariana-gandra

 

 

 

 

 

 

 

 

EU LEIO, TU OUVES: o 7º C e o 7º D mostram-se…

Julho 28, 2008

      Na tarde de 30 de Maio de 2008, quis mostrar os alunos do 7º C e D, na Biblioteca. Mas eles também quiseram mostrar-se. Quiseram mostrar-se a professores, aos colegas e aos Pais a quem convidaram para estar presentes.

            Mostrar o quê? Mostrar que gostam de ler em voz alta, que gostam de se ouvir, mostrar que precisam que os Pais os ouçam e vejam o que eles também fizeram nas aulas de Língua Portuguesa, durante este ano. Tudo isto no âmbito do Plano Nacional de Leitura, apropriando-me do título de uma iniciativa semelhante desenvolvida, em anos anteriores, pelo Professor José Manuel Silva, à volta da leitura em voz alta, e que também se chamou “Eu leio, tu ouves”.

            Esta actividade aconteceu uma vez por semana, no início de aulas de noventa minutos. Os alunos liam uma obra do seu agrado, seleccionavam o excerto que lhes tivesse agradado e, no dia combinado, liam-no à turma, justificando os motivos da sua escolha. Deveriam também apresentar um objecto que, no seu entender, estivesse relacionado com o excerto escolhido.

            Acabada esta fase, as turmas escolheram os alunos que deveriam representá–las nesta iniciativa, perante a comunidade.

            No dia 30 de Maio, todos (ou quase todos ) os alunos das turmas compareceram e alguns Pais também vieram.

 

              

 

       

 

 

            Na Biblioteca, esta actividade foi intercalada com momentos de poesia. Os alunos quiseram mostrar que a poesia está onde nós a colocamos.

            Com o poema “Encruzilhadas do Sem”, de Salette Tavares, os alunos do 7º. D brincaram com os sentidos do poema, lendo-o em várias secções; escolheram os sentidos de leitura, numa polifonia de vozes, de entoações, de sentimentos…, culminando com uma leitura em cânone a três vozes – bem conseguida! Tarefa difícil! – mas que lhes deu a certeza do que são capazes. O aplauso surgiu sonoro, sentido, emocionado, perante a surpresa do efeito.

            Depois, por momentos, os alunos quiseram ser poetas, imitando-os. Retiram o carácter de encruzilhada ao poema e transformaram o texto no “Poema do Com”. Para isso, alteraram os três últimos versos de cada estrofe. E outras leituras se seguiram.

            Os alunos do 7º. C, num entretenimento continuado, viraram e reviraram o poema “sermos amigos”, de Patrícia Joyce, dando voltas e mais voltas – e outras tantas leituras – desarticulando e reconstruindo continuamente o poema, sem lhe alterar o sentido único: a importância de se ser / ter amigos. Neste exercício, os alunos envolveram todos os presentes que, de modo afinado e em coro, soletraram “ Sermos amigos / Ver-da-dei-ra-men-te”, para que o sentido desta frase ecoasse por mais tempo dentro de cada um …, à mistura com o eco das palmas que eclodiram espontâneas.

            Uma turma não conhecia o trabalho da outra, pois a sua preparação foi feita na aula. Mas, neste dia, todos os presentes puderam seguir os malabarismos de leituras que estavam a ser feitas, visto que os poemas foram projectados, em duas bonitas transparências, da responsabilidade do Professor Joaquim Pereira.

 

   

 

            Durante esta tarde, os alunos, apesar de algum nervosismo e de alguma agitação, próprios de quem quer fazer boa figura, conseguiram transformar o seu trabalho num momento bonito que a todos agradou.

            Eles precisam de mais momentos como este! Pode ser que os voltemos a ver, no próximo ano, à volta de textos, às voltas com textos, mas lendo sempre, porque isso é que é importante.

 

   

 

 

 

Maria Rosa Costa, professora de Língua Portuguesa

 

 

                                                                            

8º C e D : da Gata Borralheira à Casa do Mar

Julho 16, 2008

No dia 16 de Junho, foram apresentados na Biblioteca alguns trabalhos das turmas C e D do 8º ano, inseridos nas actividades do Plano Nacional de Leitura, à semelhança do que acontecera aquando da primeira apresentação.

Desta vez, um dos grupos apresentou mais um vídeo que idealizou e realizou, tendo por base o conto de Sophia de Mello Breyner “História da Gata Borralheira”. Os alunos, depois de terem lido e estudado o texto, seguiram a história, embora acrescentando alguns pormenores de criatividade. Os elementos que integraram este grupo de trabalho foram Carlos Santos, Catarina Pinho, Duarte Teixeira, Gil Teixeira, Maria Luís e Mariana Amorim, da turma C.

    

 

   

 

Um outro trabalho apresentado consistiu num projecto diferente e inovador, também a partir de um conto da mesma autora incluído em Histórias da Terra e do Mar  : “A Casa do Mar”. Acerca desta actividade (cujo produto final procuraremos mostrar aqui proximamente, ultrapassadas algumas dificuldades técnicas), registaram os alunos envolvidos, o Diogo Castro, o Luís Barata, o Luís Lopes e o Tiago Rôla:

“Um dia, numa aula de Português, dedicada ao Plano Nacional de Leitura, tivemos a ideia de fazer um projecto diferente de todos os outros e decidimos desenhar uma casa em 3D, baseada no conto A Casa do Mar. Assim, no dia em que decidimos começar  o projecto, estivemos a ler o conto para obter informações sobre a casa descrita, tanto a nível interior como exterior, não esquecendo o meio em que se situa, ou seja, a sua envolvência. Depois de concluída esta etapa, e de termos tirado apontamentos para servir de base à fase seguinte do projecto, passámos o trabalho do papel para desenho em 3D, utilizando para tal o programa IMSI FLOORPLAN. Descrevemos visualmente a casa, com todas as portas e janelas, sem esquecer nem o jardim nem o mar. Gostámos do trabalho, essencialmente porque foi uma ideia diferente, apesar de não dispensar o trabalho de leitura de, neste caso, um autor da máxima importância na literartura portuguesa.”

                  

 

Manuela Caldas, professora de Português

O GATO, OS ELECTRICISTAS, O GRAFITI actividade lúdico-didáctica

Julho 16, 2008

De modo a estimular a leitura do texto literário e fazer com que desenvolvessem, entre outras, competências atitudinais, tais como o respeito, a cooperação, a entreajuda e o cumprimento de prazos, incentivei os alunos do Curso de Educação e Formação- Electricistas de Instalações (1º. fase)- a realizarem uma actividade de pós-leitura de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá – Uma História de Amor, de leitura obrigatória e integrada no Módulo Onze (Textos Narrativos e de Teatro -séculos XIX e XX). O projecto consistiu num resumo da história em papel de cenário, com imagens desenhadas e pintadas pelos alunos, com selecção de excertos da obra.

Depois de lido integralmente, ora por mim, ora por cada um dos discentes, passou-se à selecção das partes que consideráramos ser as mais importantes e ilustrativas dos vários momentos da bonita e impossível história de amor entre um gato e uma andorinha. Dado que as estações do ano correspondem às fases daquela paixão e são transferidos para a natureza os estados de espírito das personagens principais, optámos por dividir o desenho em quatro partes. Escolhemos também algumas frases que os alunos deveriam “grafitar”. Na verdade, esta actividade nasceu, em parte, do gosto que os alunos têm em desenhar e fazer grafitos (grafitis). Certamente, a leitura foi, diversas vezes, entrecortada com esclarecimentos, reflexões, opiniões, servindo de base, também, para trabalhar certos conteúdos declarativos.

Embora a turma tivesse um número reduzido e aceitável de alunos (doze, inicialmente, e onze, posteriormente) para se levar a cabo uma tarefa do género, entendi ser melhor dividi-la em dois grupos mais pequenos, em que cada elemento tinha as suas tarefas delineadas. Cada grupo de seis /cinco elementos ia trabalhando alternadamente, fazendo o que estava previsto, relacionado com o projecto, ou actividades de Funcionamento da Língua. À medida que os alunos iam trabalhando, ia sendo avaliado o processo.

Posso concluir mencionando que foi com satisfação e empenho que eu e os alunos realizámos a actividade, que contou com a colaboração da professora de Matemática Lurdes Ribeiro e com as orientaçõe e sugestões da colega Gabriela Gonzaga de Educação Visual.

  Cláudia Correia, professora de Português